24 de janeiro de 2011

Ateu graças a Deus

     Me deparei em um site de relacionamento com a seguinte pergunta: Por que os ateus tem raiva de Deus? O qual respondi, por vir de  alguém a quem muito admiro, pela inteligência, coerência,  que se um Ateu tem raiva de Deus, com certeza ele não é ateu. Não se pode ter raiva do que não se acredita.  Os que têm raiva, na realidade tem conflito, mas não é ateu. Entre outras coisas que ele postou a frase a seguir me chamou a atenção: (...)Algo, contudo, precisa ser dito: é preciso mais fé para ser ateu do que para ser teísta.
       Concordo totalmente, sim é preciso muito mais fé para ser ateu. O respeito a liberdade de escolha de cada individuo é geralmente algo muito propagado, mas pouco vivido. Como tudo que não é encaixado dentro do politicamente correto é alvo de preconceito, assim também são os ateus. Então é preciso ter muita fé(convicção) para ser quem se é, acreditar ou não no que se quer. Ateus acreditam muito em si mesmo, que tudo o que acontecer é consequência direta do que faz e produz, não há milagres, não há esperas, tem que ser alguém que possui muita fé para crer em si e diante de quem somos, de nossas falhas, isso não é algo tão simples.
     Acordar todos os dias e colher o fruto do sucesso ou do fracasso pelo que se faz ou deixa de fazer, garanto é uma tarefa árdua. Não culpabilizar fatores externos, nem terceiros pelo que nos acontece de errado é a coisa mais difícil de se fazer verdadeiramente. Quem já não responsabilizou/culpou um(a) companheiro(a) de trabalho alegando inveja por algum erro ou acusou um vizinho de ser fofoqueiro e tantas outras situações em que responsabilizamos os outros pelos nossos fracassos ou desconfortos e não nos perguntamos: O que fiz para  contribui para isso? Colher os loros das boas decisões é corriqueiro para todos, mas beber do amargo da derrota, não é para qualquer um.
     Ser ou não ateu, deve ser encarado como uma opção de vida. Citando o autor da questão inicial, o ateímos  não pode ser algo baseado apenas na racionalidade, e no que acrescento, nem o teísmo, pois se formos investigar a fundo, a origem do universo, da vida etc. Baseado em uma das duas teorias, iremos encontrar falhas que não poderá ser propagada como 100% verdade. E convenhamos à racionalidade às vezes são grandes fontes de chateação. 
     A palavra "Deus" não está descartada do meu vocabulário, utilizo-a como interjeição, espanto e sempre que a situação se mostra propicia. Não tenho nenhum problema com isso. Mas sou cobrada.
     Minha crença é na felicidade, na ética, no respeito e no reconhecimento de nossas qualidades e defeitos,  na ação e reação, creio na busca do que nos faz bem e que esta busca é individual, creio na aceitação  das escolhas dos outros, principalmente quando elas são radicalmente tão diferentes das nossas.
Creio em mim. Graças a Deus.

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