Me   deparei em um site de relacionamento com a seguinte pergunta: Por que   os ateus tem raiva de Deus? O qual respondi, por vir de  alguém a quem   muito admiro, pela inteligência, coerência,  que se um Ateu tem raiva  de  Deus, com certeza ele não é ateu. Não se pode ter raiva do que não  se  acredita.  Os que têm raiva, na realidade tem conflito, mas não é  ateu.  Entre outras coisas que ele postou a frase a seguir me chamou a  atenção:  (...)Algo, contudo, precisa ser dito: é preciso mais fé para ser ateu do que para ser teísta.
         Concordo totalmente, sim é preciso muito mais fé para ser ateu. O   respeito a liberdade de escolha de cada individuo é geralmente algo   muito propagado, mas pouco vivido. Como tudo que não é encaixado dentro   do politicamente correto é alvo de preconceito, assim também são os   ateus. Então é preciso ter muita fé(convicção) para ser quem se é,   acreditar ou não no que se quer. Ateus acreditam muito em si mesmo, que   tudo o que acontecer é consequência direta do que faz e produz, não há   milagres, não há esperas, tem que ser alguém que possui muita fé para   crer em si e diante de quem somos, de nossas falhas, isso não é algo tão   simples.
       Acordar todos os dias e colher o fruto do sucesso ou do fracasso pelo   que se faz ou deixa de fazer, garanto é uma tarefa árdua. Não   culpabilizar fatores externos, nem terceiros pelo que nos acontece de   errado é a coisa mais difícil de se fazer verdadeiramente. Quem já não   responsabilizou/culpou um(a) companheiro(a) de trabalho alegando inveja   por algum erro ou acusou um vizinho de ser fofoqueiro e tantas  outras  situações em que responsabilizamos os outros pelos nossos  fracassos ou  desconfortos e não nos perguntamos: O que fiz para   contribui para  isso? Colher os loros das boas decisões é corriqueiro  para todos, mas  beber do amargo da derrota, não é para qualquer um.
       Ser ou não ateu, deve ser encarado como uma opção de vida. Citando o   autor da questão inicial, o ateímos  não pode ser algo baseado apenas na   racionalidade, e no que acrescento, nem o teísmo, pois se formos   investigar a fundo, a origem do universo, da vida etc. Baseado em uma   das duas teorias, iremos encontrar falhas que não poderá ser propagada   como 100% verdade. E convenhamos à racionalidade às vezes são grandes   fontes de chateação. 
       A palavra "Deus" não está descartada do meu vocabulário, utilizo-a  como  interjeição, espanto e sempre que a situação se mostra  propicia. Não  tenho nenhum problema com isso. Mas sou cobrada.
     Minha   crença é na felicidade, na ética, no respeito e no reconhecimento de   nossas qualidades e defeitos,  na ação e reação, creio na busca do que nos faz bem e que   esta busca é individual, creio na aceitação  das escolhas dos outros,   principalmente quando elas são radicalmente tão diferentes das nossas.
Creio em mim. Graças a Deus.
 
 
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